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Biografia pessoal

Conheci a religião aos quatorze anos através da minha tia que era de Umbanda, na qual sempre me identifiquei como espírita, na busca de maiores informações e explicações. Encontrei pessoas do Candonblé Jejé, que me afirmaram de ser de “Logun Edé”.


Comecei a freqüentar mais assiduamente quando conheci “Dona Nadir de Oyá”, que freqüentava uma casa de Candonblé em Itaguaí de culto Angola, dirigida pelo “Tata Untalangwe” do culto Angola, filho de Rufino de Beirú. Desta amizade veio à feitura do meu “Orisá”, que se realizou no dia 19 de março de 1972.

Em vinte de dezembro de 1978 raspei minha primeira filha de santo “Clotilde de Osum Igimun” no seu próprio barracão em Realengo (Rio de Janeiro), desta data em diante começo na busca de maior esclarecimento do culto de os Orisás, na ânsia fazendo um curso na UERJ me falam de Torodé e do curso de Ifá no Meier (Rio de Janeiro).

Quando procuro Torodé ele me fala sobre o culto de “Orumilá”, me dedico e me torno “Omoifá”, dando em seguida a obrigação de meu Orisá com ele. No ano 1995 conheço o senhor Afis Babalawo e ele me fala mais sobre o culto do Orisá, jogos. Vejo a oportunidade de resgatar o culto do Orisá nesta trajetória através das bençam de Ifá Orumilá e dos Orisas, vou para África, especificamente na Nigéria, na cidade de Abe Okutá que através do Babalawo Akoagun faço meu Ibodu.

Retornando ao Brasil faço minha complementação junto a Ifá concluindo meu Eta Egé com Babalawo Akolá. No dia 5 de julho de 2009 realizei com muita satisfação e orgulho “Odun Ifá”, com o Babalawo Afis.

Hoje me sinto com orgulho e satisfação de ter concluído a minha trajetória junto ao culto do Orisá e de Ifá Orumilá.

E através do Babalorisá Torodé, me sinto seguro e tranqüilo, hoje sendo Sacerdote do Culto “Yorubá Keto” descendente de Iya Netinha, descendente do Asé Engenho Velho Casa Branca em Salvador Bahia.

Hoje sacerdote do culto “Yorubá Ode” patrono do culto Alaketu neste grande Senhor que passei a mais respeitar como o grande guardião desta grande família.

Hoje como representante desta cultura milenar me dedico no enraizamento na crença e na fé dos Orisás. Não são poucas pessoas que cultuam os seus Orisás, que freqüentam terreiros que fazem obrigações, e que se aconselham nos momentos mais difíceis, com seus dirigentes. São senhoras e senhores que ganham repercussão e respeito nacional, concorrendo para que o Candomblé deixe de ser visto com folclore, para caracterizar uma fé religiosa, merecedora de respeito como qualquer outra religião deixando de ser uma religião e um culto de só negros, que enfrentavam a tirania dos seus resistentes e resistiam para não ser enganados por uma maioria de brancos, que não so detiam o poder e a força, mas também o perverso preconceito. Ao grupo de diversas etnias, o tempo passa e foi revelado a união entre negros e brancos. E inigualavelmente somos um povo misturado, com muita honra. E´bom entender que isto so aconteceu sou em razão de todos serem dotados das forças da natureza por eles domada pela arte de resistir e insistir. Mãe Aninha, Menininha Mãe Senhora, benzinho, Cristóvão, Otavio, Fomotinho, Runhó, Falefá, Dokuto Ifá Orumilá, Gaiaku
Loisa, Ogan de Alaketu, Bernadino, Rufino, Seriako, Joanzinho da Gomeia, entre tantos outros, participaram dos mais diferentes processos de transformação social no Brasil.

E o fruto comum do trabalho feito é a tarefa ainda persistente nos dias atuais, aí estão Iyá Estela, Iyá Regina de Oxossi, Iyá Omindareoá, Babá Elias de Logun Edé, Babalawou, Ifá Odum Olá Orisá Bemin.


O Candonblé sobrevive até hoje porque não quer convencer as pessoas sobre uma verdade absluta, ao contrario da maioria das religiões.
PIERRE VERGE